Ha certas coisas que acontecem nas nossas vidas que parecem que surgem para mostrar que não estamos sozinhos. Outras para mostrar o poder de Deus nas nossas vidas. Comigo acho que foram as duas coisas que se mostraram nesse dia, e até hoje não a esqueci.
Foi numa viagem que fiz ao interior de Minas Gerais com minha irmã, e minha querida mãezinha, ambas muito devotas de Nossa Senhora, onde tive uma das maiores experiências com Deus.
Essa estoria se passou conosco ha muitos anos atras, acredito que no inicio da década de 90.
Era uma viagem tranquila ate aquele momento, e estávamos bem animados para aquele passeio. Na altura de Itaipava, nosso fusquinha modelo 78 que tanto gostávamos, enguiçou. Lembro que naquela semana era a segunda vez que isso acontecia. Bastava molhar a bomba de gasolina e ele voltava a funcionar. Diante do inevitável e querendo resolver o problema de imediato para prosseguirmos a viagem, eu resolvi me dirigir ate um casebre na beira da estrada para pedir um pouco de água, não antes de recomendar a minha família, que ficassem no carro, e não se afastassem. Rumei ate o casebre, e logo ao chegar ao portão bati palmas seguido do antigo " Oh de casa"!!! Só que para minha surpresa fui recepcionado não pelos moradores, e sim por cinco enormes e famintos cachorros nada hospitaleiros. Partiram para cima sem me dar chance de raciocinar. Algo estava destinado para me marcar naquele dia, pois numa fração de segundos, minha atenção foi desviada para algo que do nada aparecera. Não entendi direito aquele lençol branco, alvo como as nuvens que aparecera sobre meu ombro direito, e também não era hora de especular sobre sua origem. Peguei-o de meu ombro e usei-o para me defender. Em poucos segundos os ferozes animais haviam rasgado todo o manto branco. O que fazer? Devo-lhes dizer que em algumas batalhas, para vencer o nosso inimigo, mais de uma arma são necessárias, e dessa vez não foi diferente, pois cai de costas em cima de uma cerca de bambum e durante a queda rapidamente quebrei um deles para me defender. Para minha surpresa os animais não estavam mais ali a minha frente. A minha frente não mais, mas a minhas costas, quando me viro vejo minha mãezinha no portão de entrada me perguntando o que havia acontecido. Lembro que a primeira coisa que lhe perguntei era sobre o lençol que surgira no meu ombro. Ela me respondeu que não era nosso, e que não haveria necessidade de ter trazido um lençol naquela viagem.
Nos dirigimos para o carro e seguimos viagem, pois a bomba de gasolina pelo tempo já havia esfriado.
Muitos anos se passaram desde que esse fato aconteceu, e para minha surpresa, ano passado, apos vinte e poucos anos minha irmã tocou no assunto e disse que tinha algo pra me falar. A interpretação deixo pra cada um de vocês, pois eu mesmo tenho a minha. Ela disse-me: "Ivany, naquele dia, eu e nossa mãe,em momento nenhum nos afastamos do carro."